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Em 2017, Hugo Caselles-Dupré, um profissional em inteligência artificial, no meio das suas pesquisas deparou-se com a Generative Adversarial Networks, mais conhecido como GANs, que consegue estudar milhares de imagens existentes, e, após, produzir uma por si própria. Assim, juntamente com Pierre Fautrel e Gauthier Vernier, criaram Obvious, uma coletiva de arte, em Paris, no mesmo ano, usando a GANs para criarem imagens novas.
Conseguindo compreender todos os retratos, desde o século XIV ao XX, e as suas regras, o algoritmo conseguia criar um outro novo. Com isso, criou, Edmond De Belamy, um homem fictício, que vale entre 7.000€ a 10.000€. Para acompanhar, a IA criou a sua família inteira, tratando a coleção como La Famille De Belamy, uma coletânea de 11 quadros, todos em 2018. A coleção inclui os quadros desde a Madame De Belamy, à La Baronne De Belamy, ao Le Marquis De Belamy. O princípio do meio digital utilizado é, portanto, a automação, por todo o trabalho da IA. Como assinatura, os quadros são assinados com a fórmula matemática dos algoritmos que utilizaram.
Com isto, os 3 fundadores da Obvious, vieram provar ao mundo que a inteligência artificial consegue ser artística além das suas funções já conhecidas – “The idea os creating portraits was to speak to the most people (…) to make everybody understand AI can be creative. This is one the best ways.” (Pierre Fautrel) – mantendo sempre a esperança de que os quadros criados pela inteligência artificial possam ser reconhecidos como uma nova forma de fazer a arte.