É de conhecimento geral que muitos setores das artes foram afetados durante a  pandemia do Coronavírus, com isso precisaram encontrar alternativas a nos manter ligados a elas. Museus criaram formas de espectadores terem acesso às obras que lá estão expostas, e pessoas sequer saiam de suas casas. Mas foi na arte musical onde vivenciamos uma grande revolução. Durante o distanciamento social, eventos de música foram fortemente prejudicados, principalmente com o cancelamento de seus concertos. Desta forma, artistas se reinventaram e acharam meios de manter a conexão com seu público, através da música. 

Utilizando o instrumento da remediação, onde de acordo com Bolter e Grusin  o conteúdo de um meio é representado noutro meio, artistas descobriram formas de transferir aquilo que era feito nos palcos para a tela de nossos computadores, telemóveis, entre outros dispositivos, disponibilizando nas plataformas digitais como Instagram, TikTok, e com força maior no Youtube, as então nascidas “Lives”, que neste caso incorporam o meio anterior (o palco) acentuando as suas diferenças entre os meios utilizados, a presença do público no local transformou-se em platéia virtual.  

Trecho de uma das lives que ocorreram durante a pandemia

No início da pandemia lives eram realizadas de forma simples, sem grandes produções, onde artistas simplesmente aconchegavam-se em um local de seus lares e as executavam. Contudo, mudanças vêm ocorrendo e muitos adaptaram suas lives para o sistema de pay-per-view de shows, sendo estas lives pagas e com o intuito de ajudarem o mercado a qual pertencem, e apoiarem principalmente suas equipes com ganhos financeiros.

Com isso, as lives tomaram proporções diferenciadas, e o que antes era um concerto num cômodo de casa, tornou-se um grande “show” como no caso do grupo Coreano BTS, que acumulou 156 mil espectadores simultâneos em uma plataforma. Cada vez essa ideia ganha mais força, e isso pode definitivamente mudar o cenário da indústria do entretenimento musical.

Fontes:

https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/04/09/Como-as-lives-se-tornaram-centrais-para-os-artistas-da-m%C3%BAsica / https://portalpopline.com.br/segundo-site-dois-grandes-nomes-femininos-da-musica-planejam-lancar-live-paga/  / https://rollingstone.uol.com.br/noticia/bts-prova-que-livestream-pago-chegou-para-ficar-entenda/