Falar à distância, ouvir a voz de alguém que reside no outro lado do planeta. Não há muito tempo atrás, este conceito pareceria absurdo a qualquer pessoa comum. Contudo, no tempo presente a “chamada telefónica” faz parte do nosso quotidiano, tendo-se tornado numa ocorrência banal. Este trivial telefonema mudou de uma forma radical a sociedade em que vivemos.

A comunicação, antes desta revolucionária invenção, cingia-se à escrita de cartas, de telegramas ou encontros pessoais, o que dificultava relações de qualquer tipo à distância, principalmente pelo longo tempo de espera que havia na comunicação entre emissor/ receptor.

O telefonema trouxe uma nova proximidade à sociedade, um meio rápido e muito mais íntimo de comunicar com o outro, com rapidez, obtendo-se uma resposta no momento em que comunicamos. A compreensão do diálogo da pessoa com quem comunicamos tornou-se muito mais clara, ao transmitirmos a voz damos a entender a intenção perante a outra pessoa, acarretando uma certa vulnerabilidade a este “falar a distância”.

Falar à distância tornou-se algo fácil, fazendo-nos quase esquecer que estamos realmente distantes da pessoa com quem comunicamos, tendo o telefonema trazido proximidade e facilidade na comunicação, ajudando a níveis comerciais, na procura de empregos, na proximidade de amigos ou familiares que se encontram longe, sendo muitas as outras virtudes desta chamada telefónica. Sente-se assim a presença humana através da voz, a presença do outro, sendo o nosso sentido de audição estimulado de forma a quase sentirmos a presença da pessoa que se encontra do outro lado do telefone.

É, por fim, visível o nível de importância do telefone na comunicação à distancia e na emissão e recepção da voz.

Carolina Bartolomeu