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Arte Digital, arte e multimédia, Arte e Tecnologia, media, Reprodutibilidade Técnica da Obra de Arte, Tecnologia, Walter Benjamin
Nos tempos antigos, com a pequena quantidade de alfabetizados e ou eruditos, a quantidade de escritores era por sua vez várias vezes mais reduzida. No entanto, com o passar dos anos, a população mundana passou a educar-se mais, até como obrigatoriedade, passando então, o número de escritores a, também, aumentar.
Mesmo assim, não era qualquer um que se tornava escritor. Era necessária toda uma experiência, vivência, paixão, conhecimento e entre outros vários fatores que fariam desse mesmo autor conhecido por milhares.
Com o crescimento dos media, pouco a pouco, todos os conjuntos da sociedade se puderam tornar escritores de alguma forma: na altura, principalmente, começando pelos jornais, onde os leitores começaram a conseguir enviar às editoras as suas queixas, opiniões, dúvidas, críticas, entre outros, em artigo; um exemplo que ainda se mantêm presente atualmente é a revista Maria.
Entretanto, claro, com o desenvolvimento tecnológico, tornou-se ainda mais natural o ‘escritor diário’, especialmente com e nas redes sociais, como vemos, por exemplo, no Twitter: diariamente, dezenas de centenas de milhares de pessoas dão entrada na rede e escrevem tudo o que desejam, quer seja a descrição do seu dia, uma critica ao patrão rígido que, se calhar, na sua conta também escreveu um comentário depreciativo dirigido à sua empregada preguiçosa, ou até uma recomendação de um livro, série ou filme, como são os ‘pequenos jornalistas/informadores’, como lhes gosto de chamar.
Esta linha entre ‘escritor’ e ‘leitor’ torna-se cada vez fina, complicando a sua distinção. Deixo-vos, portanto, com a pergunta: Com toda esta grande mancha crescente de ‘escritores’ existentes, quais seriam mesmo considerados os verdadeiros escritores que, genuinamente, fazem jus ao seu título?
BIBLIOGRAFIA:
– Walter Benjamin – A obra de arte na sua era de reprodutibilidade técnica
– Twitter (https://twitter.com/)