Recentemente tem vindo a crescer uma nova moda no cinema: a moda dos remakes e live-actions, isto é, pegar em filmes antigos e refazê-los, acrescentando ou modificando as suas histórias. Dito isto, pode verificar-se, desde já, a existência da Remediação, em que se pega num meio e o transforma noutro.

Atualmente a produtora mais conhecida em fazer esta tal de Remediação é a Walt Disney, reinventando e modernizando os seus filmes antigos usando tecnologias avançadas e assuntos do quotidiano.

Um exemplo de Remediação dos filmes da Disney é o Aladdin, de 2019. No geral, tanto a história como a estética são bastante semelhantes ao filme original de 1992. No entanto, há um certo pastiche entre os dois, pois o remake satiriza alguns aspetos do 1º filme.

Também nos é possível ver a presença da Hipermediacia. Por norma, o cinema é protagonizado pela Imediacia, na qual os atores fingem que aquela é a sua realidade, ignorando o facto de ser encenado.

Clip de Aladdin, 2019. Génio quebra a 4ª Parede (Hipermediacia)

Porém, em Aladdin, há uma quebra na 4ª Parede (termo técnico utilizado maioritariamente no teatro para caracterizar a barreira entre o artista e o público), sendo que o Génio fala diretamente para a câmara e os seus espectadores, mostrando-nos o meio, rompendo a tal barreira imposta entre o artista e o público, caracterizando, assim, a Hipermediacia (o clip acima serve de exemplo).

Em suma, apesar da Imediacia ser o conceito mais comum no cinema, ao longo dos tempos tem vindo a crescer uma onda de Remediação, com o refazer de vários clássicos, e com ela a Hipermediacia, tornando o cinema uma experiência mais pessoal e empática, visto que há uma maior ligação entre os meio e a audiência.