Não há limites nem fronteiras entre o real e o digital. O anúncio promocional de um ecrã TV da Samsung passa de grandes planos da natureza, com cores vivas, grandes contrastes e profundidades de negros, que nos parecem a reais, mas que acabam por se difundir num grande ecrã.

Em alta resolução/ definição e com uma velocidade cada vez mais rápida de processamento de imagem, as imagens são por nós captadas num ambiente que estimula a nossa visão e onde parece que visualizamos o “real natural”, podendo até ser confundidas pelos nossos sentidos (cada vez mais estimulados).

Através desta experiência altamente sensorial, teremos que ter a capacidade para descobrir, sentir e dar um passo em frente, experienciando sensações profundas, ao mais ínfimo pormenor, como as de quem observa uma obra de arte, onde cada detalhe é de extrema importância.

As imagens com grande intensidade de cor e de alta definição parecem carregar um ambiente fantástico, cada vez mais nítido e colorido do que a nossa visão consegue alcançar no mundo real fora do ecrã. Seremos nos capazes de processar tenta cor e definição e tanta informação como aquela que este ecrã no transmite?

Parece o fantástico que ultrapassa os limites do real.

Uma das questões que este marketing da Samsung me levantou é a de que o 8k só se encontra à venda no momento e na loja onde o ecrã está a emitir. Pois aparentemente o que chega a nossa casa (mesmo sendo em fibra ótica) e com ecrã de alta tecnologia, é um sinal cuja fonte de gravação é a 4K (ou inferior) atualmente (metade de definição). O que me parece portanto um sonho que no fundo não é real.

Ana Mónica Martins