Hoje em dia, a publicidade é algo muito presente na vida de qualquer pessoa sendo exibida em vários meios de comunicação: podemos ver, consecutivamente, reclames nas nossas TV’s, estes passaram também a estar presentes no cinema, e online, podemos vê-los em sites como o Youtube e tantos outros. Para além destes, também vemos publicidade em jornais e revistas, cartazes e outdoors, etc.

Todos estes meios utilizam diferentes processos e métodos para criarem os mais originais e apelativos anúncios. Dois destes processos, muito presentes nas nossas vidas, são a Imediacia e a Hipermediacia.

O primeiro atrai a atenção do espectador para algo através da invisiblidade, ou seja, publicita algo sem mostrar esse mesmo objeto, conseguindo, mesmo assim, despertar interesse sobre o produto (ou outra qualquer coisa) no espectador que vê o anúncio. Temos como exemplo, o anúncio da Apple do iPhone XR, “Color Flood”. Este vídeo tem como fim mostrar uma característica deste telemóvel, a Liquid Retina Display, no entanto, o telemóvel não está presente no mesmo. Este fim é adquirido através das pessoas que aparecem a correr com fatos de diferentes cores, que simbolizam a capacidade do iPhone XR de representar as mais variadas cores e movimentos sem detetar pixéis. A imediação faz-nos, assim, esquecer, por momentos, que estamos a observar algo que está a publicitar e retratar um objeto e as suas capacidades.

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(https://www.youtube.com/watch?v=d8LJXcQhD0k)

Já o segundo publicita o objeto através da sua presença e até da sua utilização, lembrando-nos sempre do que se trata verdadeiramente o anúncio que estamos a ver. Por exemplo, o anúncio da Hawei do Hawei Mate 20. Ao longo deste vídeo já podemos ver o telemóvel e pessoas a utilizar o mesmo, mostrando, assim, várias das suas capacidades e fazendo-nos sentir que as mesmas nos vão trazer vantagens, tornando-nos “superiores” aos que nos rodeiam. A hipermediação torna, assim, sempre visível o meio.

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(https://www.youtube.com/watch?v=6z4KbVfLly0)

Este diálogo que se estabelece entre os media e os espectadores deve ser desconstruído para perceber as formas como estes são seduzidos, e só assim se percebe como este é muito bem pensado para que a empresa que publicita fique sempre a lucrar.