A presença das médias nas redes demonstra uma sociedade consumista. Devemos considerar a constante mudança da sociedade, tanto culturalmente, quanto socialmente, uma vez que o corpo social é manifestação de seu tempo. Hoje, TVs 8k são “realidade”. Não que exista alguma utilidade, pois sequer há conteúdo… Literalmente, a TV é comparada a realidade! E estes anúncios são feitos usando médias de alcance abrangente, como as plataformas de vídeo. Em um mero anúncio, observamos como a redes estão conceituadas nas relações ideológicas, económicas, políticas e culturais. Os meios de comunicação se transformam em instrumentos para aproximar o homem com a sua realidade (tanto de facto, quanto de acordo com o mercado).

Facto é que ao mesmo tempo que as médias nos aproximam do que muitas vezes não vemos, mesmo que esteja ao nosso lado, elas também servem para nos vender ilusões: um ecrã bonito, com imagens incríveis, mas que não existem.

Não faço aqui uma crítica a tecnologia, que é realmente incrível, ou mesmo o anunciante, ele está dentro de seu direito de vender um produto.

Seria então, a propaganda uma coisa ruim? Não necessariamente.

Devemos sempre nos lembrar de como a média permite a manipulação da realidade, mas também que a arte é um modo de expressão que retrata a realidade sem a necessidade de ser uma representação exata. Interpretar nos faz aprender, ser criativos e, sobretudo, críticos.

É claro que as médias já estão profundamente inseridas em nossa sociedade. Caso contrário, você possivelmente não chegaria a ler este texto, nem ele chegaria a ser escrito, pois não haveria propaganda a se discutir. A tecnologia nos permite explorar novas artes. Blogs, curtas caseiros, poemas de desconhecidos: independente da resolução do ecrã, são expressões trazidas pela tecnologia.

Ebony Stephanie S. Alberto