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O conceito de “autor” iniciou-se com o seu desconhecimento à sua revelação no mundo da arte, com grandes nomes como Michelangelo ou Leonardo da Vinci. Foi então depois, no séc. XVIII que a arte literária se tornou reconhecida como uma singularidade na arte, passando então a revelar-se o autor literário.

Este mesmo autor iniciou a sua grande fase de escrita de livros com a grande e antiga máquina de escrever, o que tornava o seu trabalho muito mais real e físico, mais palpável e trabalhoso, pois a máquina tinha as suas complexidades. É até mesmo como se o seu trabalho fosse mais digno, com muita mais vida, que os dias de hoje. Isto porque, nestes nossos tempos modernos, onde a tecnologia é desenvolvida a cada minuto que passa e onde ela é um dos pilares do nosso quotidiano, tudo é muito mais simples e rápido com um pequeno toque na tela do ecrã de um dispositivo móvel e/ou do toque na tecla macia de um computador. A arte literária tornou a sua base digital: a busca pela inspiração e/ou informação é instantânea e pode ser acessada em qualquer lugar e hora; a suposta escrita é fácil e simplificada, qualquer aparelho já terá em si o acordo autográfico mais recente, a correção das linhas e parágrafos, etc; ou seja, nos dias que correm, escrever é mais simples, menos complexo, mais rápido e mais fácil. Já no antigamente, o autor tinha muitas mais adversidades no seu caminho e o seu trabalho era até mais exaustivo.

Ter-se-á o autor tornado apenas uma fonte, por puramente ter ideias? Será o nosso autor do presente diferente do autor passado? Será “menos autor” que ele? Serão os contos de outrora a verdadeira arte literária?