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Enquanto as tecnologias estão constantemente a mudar, somos sempre bombardeados com novos upgrades de sistema e novos modelos. Estas tecnologias existem para satisfazer a necessidade dos seres humanos, fazendo as nossas tarefas mais fáceis e de conclusão rápida e nós sempre que nos deparamos com uma tecnologia procuramos a parte humana que ela contém, como McLuhan disse numa entrevista ” When any form comes into the foreground of things, we naturally look at it through the old stereos… We’re just trying to fit the old things old things into the new form, instead of asking what the new form is going to do all the assumptions we had before “.

Quando adquirimos um novo smartphone, que agora se tornou uma extensão do nosso ser, procuramos as suas capacidades básicas: telefonar, mandar mensagens, ouvir músicas, tirar fotografias…  Mas nesse mesmo dispositivo encontramos outras funcionalidades como: aceder à nossa conta bancária enquanto uma placa lê a nossa impressão digital ou mesmo controlar um carro. O smartphone é o melhor exemplo para explorar a definição de remediação de Bolter e Grusin, os dispositivos unificam-se. É inegável que todos estes componentes presentes no nosso smartphone são grandes e práticas ajudas mas antes de as procurar, procuramos aquilo que já nos é conhecido, aquilo que já nos é natural.

McLuhan acreditava numa relação simbiótica entre o conteúdo (mensagem) e aquilo que a transmitia (meio). Seja o meio um smartphone ou uma televisão, há uma mensagem que este transmite que vai influenciar o receptor que a obtém. Estas tecnologias, por mais diferentes que forem, vão sempre ter um toque humano, não só porque são criadas por tais, mas porque são usadas para satisfazer o nosso ser. Após 5 décadas da afirmação de McLuhan o meio vai sempre ser a mensagem, por mais distante que esses meios sejam dos meios que os originaram. 

Beatriz Monteiro