Como abordado em aula, um objeto digital pode ter várias versões consoante a interação do seu mediador, tal como todas as pessoas com um telemóvel recente têm o seu próprio algoritmo como é evidenciado no documentário da Netflix “The Social Dilemma” em que nos mostra que através dos nossos gostos por exemplo no TikTok ou até na publicidade que nos aparece no Instagram, automaticamente é gerado um algoritmo que se ajusta a cada pessoa e faz com que o conteúdo seja direcionado aos nossos gostos para que consumamos mais as plataformas digitais.

Fig.1. Citação do documentário “The Social Dilemma”

Outro exemplo de como o objeto digital pode ter várias versões é o filme também da Netflix “Bandersnatch”. O filme aborda um criador de um vídeo jogo que idealiza um jogo com várias soluções, dependendo da decisão do jogador. O criador do jogo vai inspirando-se no livro à medida que desenvolve os diferentes percursos para o desenrolar do jogo, porém o filme funciona tal como o jogo; foram gravadas várias cenas para cada caminho escolhido por visualizador. O filme dá-nos opções que controlam a vida do protagonista e ele está ciente que não está em controlo das suas próprias decisões, pois a uma certa altura do filme há um diálogo através de um computador que comunica do presente do espectador para o presente da localização temporal do filme onde o protagonista está inserido. É um filme bastante interessante dos criadores da série Black Mirror da Netflix.

Fig.2. Frame do filme Bandersnatch quando há comunicação entre espectador e protagonista quebrando de certa maneira a 4ª parede