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“Aproximamo-nos da fase final das extensões do Homem – a simulação tecnológica da consciência” (McLuhan, 1964, p. 3)

Com a chegada generalizada, às casas das pessoas, da televisão nos anos 60 e mais tarde, no início do século XX, da internet e dos computadores, o acesso à informação tornou-se instantâneo. Estes media permitiram o crescimento de movimentos sociopolíticos e culturais, dando a conhecer a um maior número de pessoas, as suas doutrinas. A era digital traz consigo a ação-reação instantânea. Ficamos imersos na realidade da humana e participamos de forma imediata nas consequências geradas por tais ações.

O conceito de Aldeia Global de McLuhan baseia-se na velocidade, que resulta da era eletrónica e vem trazer a expansão das funções sociopolíticas. A formação de responsabilidades é derivada dessa expansão; como esta elevam-se o compromisso e a participação nas discussões, independentemente do ponto de vista que se expressa. A empatia e a profundidade da consciência são características desta era.

“O marco do nosso tempo é a sua revolução contra padrões impostos.” (McLuhan, 1964, p. 5)

“Subitamente ansiamos ter coisas e as pessoas declaram a sua essência totalmente.” (McLuhan, 1964, p. 5)

Podemos tomar como exemplo o impacto que as redes sociais tem tido, na divulgação de ideologias e de informação. Decorrendo deste media uma maior consciencialização sobre o futuro do planeta no que toca às alterações climáticas ou à igualdade de género; mas também no que toca aos ideais políticos de partidos cujas ideologias vão conta os direitos humanos. Todos nós sentimos que devemos atuar, expressar a nossa opinião, o que numa era pré-eletrónica, não aconteceria, pelo menos não em público ou para uma comunidade. Existe a responsabilidade de expressar o nosso ponto de vista e de racionalizar eventos, urgentemente.

O resultado? Uma era de ansiedade.