Através da história de arte podemos conhecer o estudo existente sobre a produção artística desde os primórdios do tempo – ou aquilo que consideramos ser produção artística. Se consideramos ‘média’ enquanto meio, ou enquanto ferramenta (seja ela analógica ou digital), então percebemos que desde sempre os artistas recorreram aos meios para construir – das rochas, às telas, ao gesso, à madeira, utilizando sempre as ferramentas que lhes estejam disponíveis. Hoje em dia, a evolução e massificação dos media permitiu revolucionar a produção artística. Com Andy Warhol (1928-1987) e a tentativa de democratização da arte, compreendemos como a massificação e o acesso à informação se transpões a outras esferas das criações humanas e não só à fotográfica, fílmica, literária ou jornalística, que, com o passar do tempo, vão estando cada vez mais perto de nós.

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Latas de sopa Campbell (1962) Serigrafia ( 50,8 cm  × 40,6 cm  ) de Andy Warhol

Hoje em dia conseguimos entender a relação entre arte e média porque estamos constantemente rodeados do cruzamento das duas áreas (na publicidade que vemos nas ruas, nos designs dos jornais, nos cartazes etc.) e porque percebemos que inclusive aqueles que produzem “obras de autor” utilizam medias e novos medias, como é o caso do cinema de autor. Em Portugal, é, por exemplo feito por Pedro Costa, realizador internacionalmente reconhecido que têm vindo a transgredir os limites do documentário e da ficção (na ótica de géneros cinematográficos). Assim, atualmente as artes e os media “andam de braço dado”, entrecruzar as suas ferramentas e ensinamentos significa desenvolver ao máximo a interdisciplinaridade, algo cada vez mais valorizado nos dias de hoje.

Raquel Pedro.