O filme de Alex Proyas, “I, Robot” (2004), é a história de uma era predominada de robots domésticos que, originalmente, foram criados para ajudar e fazer tudo o que um humano comum fosse capaz, mas que com o tempo, foram evoluindo, levando-os a uma revolução das máquinas.

Will Smith é o protagonista deste filme de Si-Fi. No início do filme, ficamos com a ideia de que o Detetive Del Spooner (Will Smith) é um humano detetive normal. Mas à medida que o filme vai passando, o público vai se apercebendo de que este personagem é também um robot disfarçado.

Remetendo este filme para o segundo módulo da matéria de Arte e Multimédia, podemos assumir que ao longo do filme houve uma transcodificação do personagem de Del Spooner.

Isto é, a princípio vemos o personagem como um ser humano, mas com o somar de informações que o filme nos vai fornecendo, vamos descodificando a mensagem por detrás do mesmo e percebendo que afinal, Del Spooner não passa de um robot como os que persegue. Mesmo que essa informação não nos seja dada diretamente, é dada com pequenos detalhes, que no total, nos entregam a mensagem completa.

I, Robot (2004) Transcodificação do personagem Del Spooner

Transpondo também para outro exemplo de transcodificação, usando o mesmo filme, é a linguagem. Ou seja, a linguagem/idioma é um elemento cultural e local. Se não aprendermos a falar um certo idioma, não iremos certamente percebê-lo.

Com isto, sublinho o “I” do nome do filme. Para um português sem bases de inglês o “I” é apenas a vogal “i”. Para uma pessoa com conhecimento mínimo de ingles o “I” é o pronome pessoal “eu”.

No entanto, oralmente o “I” lê-se “ai” e a partir daqui o seu significado pode ser totalmente diferente. Para um português sem bases de inglês o “I/ai” é uma onomatopeia que remete a dor. Para uma pessoa com conhecimento mínimo de inglês o “I” tanto é “eu” como “hi” (olá).

O que eu quero dizer com isto é exatamente que a linguagem é formada por códigos, códigos esses que são diferentes de idioma para idioma. Para que toda a gente consiga perceber um mesmo código, tem de haver uma descodificação, ou seja, uma transcodificação, na qual uma palavra/código é traduzid@ para que melhor seja percebida por quem a recebe.

Concluindo, toda a mensagem é composta por códigos, seja uma mensagem cinematográfica, uma mensagem escrita ou oral, uma mensagem digital ou em papel. Para que essas mensagens sejam compreendidas por toda a gente, tem de haver uma transcodificação, de modo a de certa forma traduzir o que é suposto transmitir.