Desde o século XX, a evolução constante do digital move-se de forma cada vez mais veloz. A cada ano, são lançadas novidades que garantem ser “a melhor de sempre” em todo o tipo de áreas digitais, seja um novo telemóvel ou uma nova versão de um programa de edição de vídeo, som ou imagem.

Com a transformação dos media em software e a capacidade criativa que este oferece a cada um de nós, podemos chegar de forma amadora a um nível praticamente profissional, e as novidades cada vez mais mostram isso.

Hoje programas como o Final Cut Pro (Apple) ou o Adobe Premiere Pro permitem fazer efeitos considerados por muitos melhores do que transições usadas em clássicos do cinema como a primeira trilogia de Star Wars. Com o nosso computador, e alguma poupança, conseguimos investir num desses programas e produzir o nosso conteúdo, e até fazer dele profissão. A evolução do software mudou muita coisa: novas profissões, novos media, e a maneira como o público consome conteúdo.

Há muita mais variedade de conteúdo à nossa escolha e podemos escolher exactamente o que queremos ver e partilhar. E como. Podemos alterar a ordem dos clipes que serão usados num vídeo se tivermos gravado o início por último. Podemos retirar o som de fundo e colocar uma música para ser mais agradável, e baixar o volume desta quando se vai ouvir a nossa voz. Podemos estar a comentar um episódio de uma série e colocar por segundos por cima das nossas faces uma imagem de uma cena em particular. Podemos antes de colocar a imagem do episódio em causa no vídeo alterá-la usando um programa de edição de imagem como o Photoshop ou o PhotoScape para ficar melhor com o resto do conteúdo onde a iremos inserir. Podemos ser nós, utilizando programas como o AudaCity, a criar as faixas de som que colocaremos.

Com os seus códigos binários de zeros e uns, o software ajuda-nos a colocar as nossas ideias para o mundo, ajudando assim à criação dos novos media nesta idade digital em constante evolução.

Oriana da Cunha