Non-player characters, traduzido para português como personagens não jogáveis, são as personagens que fazem parte de jogos virtuais e que são importantes para as suas narrativas mas não é possível serem jogadas. O seu objetivo é ajudar e orientar o jogador. São personagens programadas pelo computador e dão uma ilusão de participação, no entanto, não participam mesmo no jogo mas a sua colaboração cria essa uma ilusão. Existem apenas para serem interagidas quando for necessário, no entanto, para além do seu propósito funcional também ajudam no desenvolvimento do jogo.

Um exemplo deste fenómeno é normalmente representado quando a narrativa do jogo faz com que o jogador tenha de se deslocar a um determinado lugar. Normalmente nestes lugares os jogadores vão-se confrontar com NPCs. Estas personagens vão ajudar no desenvolvimento do jogo e consecutivamente, o jogador.

Em Animal Crossing, personagens como o Tom Nook distribuem as tarefas que o jogador tem de completar para evoluir no jogo.

Também em jogos como “Grand Theft Auto”, os NPCs apenas estão no jogo para o preencher e tornar o jogo mais real e imersivo.

Este fenómeno digital é representado no filme “eXistenZ”, realizado em 1999 pelo cineasta David Cronenberg. Os protagonistas do filme encontram-se num jogo de realidade virtual e têm de interagir com os NPCs para decifrar o objetivo do jogo. Em várias cenas, as personagens interagem com estes jogadores, inclusive usam diálogos ao qual os NPCs não conseguem responder, pois não estão programados dessa forma, igual ao que acontece nos jogos.

É uma demonstração interessante deste conceito porque é representada por pessoas reais e não personagens virtuais como estamos habituados a ver.

eXistenZ - Filmin
exemplo de uma interação com um NPC no filme “eXistenZ”

Os NPCs são normalmente controlados por um conjunto limitado de rotinas e protocolos. Têm uma essência robótica e não procuram escondê-lo.