Etiquetas

,

A arte é um largo conceito que se torna relativo consoante o tempo. Com isto chegamos a conclusão de ser um conceito com práticas voláteis no tempo. A nova aparição de uma prática causa confrontos no seio artístico envolvendo opiniões de polos opostos, e diversos teóricos consequentemente emergem em prol da integração de uma certa prática nas artes, e o seu devido reconhecimento. O cinema, a fotografia e até a música que no século XVIII a ideia que vivia no meio dos grandes pensadores era a assunção de que a música seria uma arte menor em comparação com a poesia e o teatro, também estas artes do tempo. Só no fim do século XVIII é que esta imagem desmoronou com Mozart e Haydn, só no início do seguinte século é que se afirmou “A estética de uma arte é igual à outra, só difere na matéria” (Enrico Fubini, Estética da Música, 1995, p.13), através da personagem Florestani criada por Schumann.

“Ao longo de vários séculos, a situação literária era tal que um número reduzido de pessoas que escreviam era lido por muitos milhares de leitores… Com a crescente expansão da imprensa, que cada vez mais colocava á disposição dos novos leitores novos órgãos… sectores cada vez mais amplos de leitores … passaram a pertencer ao grupo dos que escreviam” (Walter Benjamin, A Modernidade, 1936, p.226). Um leitor é especialista, tal como um fã de futebol se torna critico ao ver o seu clube, com isto ao nos interessarmos por um certo tema, e conhecendo as suas técnicas rapidamente podemos passar de público a autor.

A arte de massas tem a capacidade de moldar mentes, um exemplo é o cinema usado como uma ferramenta para fomentar o socialismo na União Soviética. A arte também pode ser reivindicativa como nas obras de Bansky onde a sociedade é posta sobre perspetiva.

Bansky, Soldier and Girl, 2007. Vidar (2022, Janeiro, 26) Girl Frisking Soldier – Banksy in Bethlehem, Street Art Utopia

Fubini, E. (Eds.). (2008) Estética da Música. Edições 70

Benjamin, W. (Eds.). (2006) A Modernidade. Assírio e Alvim.