Posted by António JM Silva 08-11-2020

Os dispositivos digitais atuais permitem armazenar um gigantesco volume de informação – haverá biliões de páginas na internet! – colocando ao alcance da nossa mão e dedos, todas as maravilhas e tragédias humanas e da natureza: o computador consubstancia e suporta este conhecimento   enciclopédico. Como afirma Janet Murray em “Inventig the Medium”(1)este conceito é-o, porque o avanço tecnológico nos circuitos eletrónicos, processamento de sinal e lógica algorítmica entre outros, é de uma magnitude incomparável – ver Lei de Moore (2). Mas a revolução cultural induzida pelas facilidades deste meio, permitindo aceder a textos sobre Arte, aos Museus e às pinturas aí expostas, às Bibliotecas de todo o mundo não se esgota aqui!. Tão ou mais importante, está a capacidade de processamento de toda a informação e a possibilidade de a utilizar, com recurso a ferramentas de software, interfaces, itens, sensores e aplicações digitais, para além uma panóplia de programas, constantemente em evolução. A pesquisa que o meio digital induz nas pessoas, ao buscarem algo que as motivou, acaba por seduzi-las num continuum participativo e interativo que rapidamente permite alargar, pensar e manipular conhecimentos, imaginar e construir, concretizando num espaço virtual distinto, sonhos e aptidões! Entre estas, a arte digital em múltiplas dimensões, desde o desenho à pintura, da música à manipulação de imagens e vídeo (Premiere Pro CC) e fotos (Photoshop), permite ao “interactor” (palavra inventada por J Murray para substituir “user”,  porque o artefacto digital com que interagimos, não é necessariamemnte uma ferramenta) participar, navegando sobre o mundo da cultura e arte real. Das diversas categorias de Arte digital, contactei  recentemente com um site dos Países Baixos de nome Oekaki.nl – draw online. Na busca aí encetada, deparei com Doodle: Options, que me permitiu aceder a um programa de nome Animaki! Este, permite fazer Pixel Art que, espanto meu, com um simples “lápis digital” se pode fazer algo como os “Emoticons” tão divulgados em mensagens nas redes sociais!. Mas as possibilidades de interagir e trabalhar em  desenho e pintura neste site são enormes.

Nota: Achei curioso o nome do site e programa de animação pois, Oekaki pode ler-se “Ucáqui” (contração livre de “O que há aqui”: – em holandês ou “oe” lê-se “u”) e Animaki será “Anima aqui”! A grafia internética cada vez mais universalizada, portanto! Curiosidades somente?!

 (1)   Murray  J (2012) – Inventing The Medium – Principles Of Interaction Design As Cultural Pratice. MIT PRESS LTD, November – e ‘Glossary’, Janet H. Murray’s Blog: Humanistic Design for an Emerging Medium, http://inventingthemedium.com/glossary ( M Portela – material de apoio)

(2) Moore’s Law – Wikipedia