Somos o maquinador ou uma marionete da nossa própria criação?

Como seres racionais, temos a capacidade de criar, pensar além da mera sobrevivência, nos permitimos viver. Temos nossa autonomia, mas por vezes adotamos ferramentas como uma forma de extensão das nossas capacidades, a tecnologia foi gradativamente acompanhando nossa própria evolução até se tornar não uma alternativa mas uma necessidade.

Os chamados “novos média” são um bom exemplo disso.

O desenvolvimento tecnológico abriu portas para uma nova exploração da arte do entretenimento, não basta apenas ser um telespectador, queremos nos tornar parte de algo.

A Realidade Virtual é um desses recursos, ela permite com que seu utilizador tenha uma imersão quase que completa em qualquer que seja a mídia que se utiliza desse instrumento.

Entretanto, qual o seu limite?

Por vezes somos passíveis a imergir demasiado naquilo que criamos, nos maravilhamos por tão pouco, por simulações projetadas por nós mesmos. Nitidamente, temos o seu lado positivo, esta tecnologia permite nos levar a lugares e ter experiências que vão além da nossa capacidade humana, no entanto é preciso cautela para que não voemos tão rente ao Sol como Ícaro.

É tentador pensar que podemos ter a vida perfeita, sem riscos, sem problemas por meio de uma lente que nos transporta para essa utopia virtual. No entanto, a “Realidade Analógica” é o que significa viver verdadeiramente as imperfeições, saber diferenciar uma ferramenta de auxílio a uma ferramenta de extensão.

Podemos substituir as ferramentas que usamos sem nos apegar ou entrar em vícios, nossa humanidade não é substituível.