Tendo já nascido nesta idade em que o digital é rei, para muitos de nós, a geração nascida nos anos 90/2000, é difícil pensar na invenção da fotografia, do cinema, da televisão e até do computador como algo relativamente recente, mas na história do mundo, pode ser assim considerado.

Se para nós, a vida de Jesus, há dois mil anos atrás, já é algo extremamente distante e antigo, a origem da humanidade, há mais de dezassete mil anos, talvez seja antigo de mais para a compreensão de muitos. Vendo assim, o desenvolvimento das tecnologias da comunicação é uma página muito recente da história, apesar de para esta geração, não o ser.

Muitos de nós já não se lembram a primeira vez que ouviram a sua voz gravada, ou que viram uma gravação sua em vídeo, mas talvez os nossos pais ou avós ainda se lembrem da primeira vez que viram televisão, ou que perceberam que poderiam ver quem está longe com a ajuda de aplicações como o FaceTime.

Mesmo assim, podemos observar a mesma coisa que eles: a evolução das tecnologias desde o momento da criação. Se notarmos a diferença entre o primeiro vídeo no YouTube e os conteúdos produzidos na plataforma hoje em dia, temos quase um equivalente ao que os nossos avós sentiram quando viram a televisão passar de preto e branco a cores.

Nos últimos pouco mais de cem anos, a tecnologia tem-se desenvolvido, tentando cada vez mais ajudar a captar não só a realidade, mas as condições nas quais aquilo aconteceu. Numa gravação da nossa voz, não está só o conteúdo, mas a nossa entoação, e até a emoção.

A cada novo modelo de telemóvel parece que evoluímos a uma rapidez impressionante. Uma pequena distância se olharmos toda a nossa história, mas algum tempo na nossa existência enquanto seres vivos.

Oriana da Cunha