Estando nós no seculo XXI não nos é de todo estranho ouvir a voz de outrem através da rádio, televisão, música, entre tantas outras possibilidades, no nosso dia a dia. No entanto esta realidade tem ainda uma duração muito curta, sendo apenas vivenciada desde a invenção do fonógrafo, por Thomas Edison, ainda no século XIX. A capacidade de gravar e reproduzir sons veio trazer imensas vantagens, nomeadamente a possibilidade de gravar músicas, que até então tinham de ser tocadas ao vivo para se poder desfrutar da sua sonoridade, e mais à frente, a utilização da voz humana para os mais variados fins – na rádio, na publicidade, que deixara de existir só em cartazes e jornais, etc.

A utilização da voz para o marketing tornou se cada vez mais importante, uma vez que se percebeu que a entoação com que certa mensagem é lida e transmitida tem muito valor no público. Ler algo de forma entusiasta e divertida vai chamar muito mais a atenção do que algo lido monotonamente e sem energia, causa também um impacto muito maior do que se estivéssemos meramente a ler um anúncio. São inúmeras as publicidades que utilizam a voz como principal meio de chamar atenção para os seus produtos. Num outro ponto de vista, a voz humana é algo que reconhecemos imediatamente como familiar, mesmo não a conhecendo pessoalmente, uma vez que é a nossa forma de comunicação desde o início da humanidade, e por isso mesmo, ouvir e ver alguém a recomendar determinado produto leva-nos a pensar que também nós necessitamos de o adquirir.

Voltando um pouco atrás, a invenção do fonógrafo acabou com a necessidade de copiar partituras de modo a ter um registo das músicas produzidas na altura, dado que, como já referido anteriormente, passou a haver a possibilidade de gravação sonora. Esta invenção tem imensa utilidade até aos dias de hoje no ramo musical; é-nos muito difícil imaginar um dia a dia sem música a tocar no backgroud, quer em cafés, lojas, supermercados, e mesmo no quotidiano de quem somos (quem é que não põe música em casa só pelo prazer de a ouvir enquanto se faz tarefas domésticas?); pôr uma playlist a tocar no Spotify ou YouTube é algo que está ao alcance de praticamente todos.