No século XV, o alemão Johannes Gutenberg procedeu ao desenvolvimento de tipos móveis em metal, assim como o aperfeiçoamento da prensa tipográfica. Tipos estes inventados anteriormente pelos chineses.


Tipos Móveis em Metal (Museu de Artes Gráficas de Leipzig, Alemanha, Foto Regina Delgino)

A tipografia, arte e sistema de criação na composição e impressão de um texto no formato digital ou físico, chegou a uma conclusão no ano de 1450 graças ao alemão Gutenberg, na qual apresentou uma relação com a máquina de escrever (tipográfica).

A invenção deste dispositivo de escrita deu-se no ano de 1714 por parte de Henry Mill, com introdução do sistema de teclado em 1808 pelo italiano Pellegrino Turri e ainda o aperfeiçoamento e maior rapidez do modelo criado pelo norte-americano Carlos Thuber. Até ao século XIX o unico formato de escrita era manual (por exemplo, instrumentos como barro usado na antiguidade, penas de aves, etc).

Neste contexto e em contraste, apareceu a caligrafia, que funcionava como uma espécie de assinatura, ou seja, a projeção do sujeito/indivíduo em questão (que está a escrever). Veja-se por exemplo, nos séculos XVII e XVIII, quando surgiram os primeiros manuais de caligrafia, que serviam para a prática da escrita. Esta mesma depende de um extenso processo de aprendizagem (níveis de aprendizagem) cada vez mais complexo, que tem como objetivo ensinar a escrever de forma que as letras sejam ligadas umas às outras por outras palavras entre si.

As máquinas de escrever foram usadas em fábricas, não com a função de fabricar, mas com utilidades a nível administrativo de todas as atividades. Esta máquina tornou-se um instrumento burocrático, um elemento de uma sociedade complexa. Por sua vez, a máquina de escrever vai abstrair o código da escrita, criando um teclado que representativo da escrita. Um maior distanciamento entre o sujeito e a escrita é verificado devido à exposição de modo explícito do código de escrita (alfabeto), proporcionando uma mudança na forma de escrita.

Em suma, com o aparecimento da máquina de escrever, determinadas convenções vão ser transformadas/modificadas no que concerne à escrita e respetivos modos de escrever, como por exemplo, a máquina de escrever acabar com a “alma”, o facto de a unidade da máquina ser a folha, ou até mesmo de a própria noção de espaço de escrita alterar-se.