O som é um elemento essencial nos media e as campanhas de marketing não se esquecem de tal. Na realização de um anúncio, o som, dobragem, música, efeitos sonoros são sempre tomados em alta consideração e com razão, pois não é só a imagem que capta a atenção do consumidor. Uma música viciante ou uma fala cómica num spot publicitário são o suficiente para entrar dentro da cabeça do espetador, fazendo-o pensar no anúncio e discuti-lo com conhecidos. Prova recente disso é o anúncio da cadeia de fast-food Burger King, no qual a atriz afirma que vendeu a camisola do ex-namorado para comprar dois menus no restaurante. Esta frase em si já revela um caracter cómico, no entanto o que mais chamou a atenção foi o modo como ela a proferiu, tornando-se viral nas redes sociais portuguesas. É garantido que quem viu o vídeo e o partilhou não se esqueceu da promoção nos menus.

Agora analisamos o anúncio do novo televisor da Samsung que vimos na aula, as três versões idênticas mas com áudios distintos.

O anúncio com a música é icónico. A música clássica, a acompanhar as coloridas explosões de tinta como se ambos estivessem em harmonia, chamam a atenção do espetador e o seu ritmo acelerado que aumenta à medida que as explosões chegam a um clímax e revelam o produto criam, não só um anuncio, mas uma peça indistinguível que toda a gente se vai lembrar no dia a seguir. O mesmo anúncio sem a música, mas com o barulho original da sua realização já desce no nível de engadgement e wonder que o primeiro oferece. No entanto, tal como fogo de artificio, os barulhos das explosões coloridas cativam a atenção do consumidor na mesma e mantêm a agressividade e ritmo do original, só perde em “magia” e “espetáculo”. Mas se formos ver o vídeo sem som, aí temos uma experiência completamente diferente das duas. Sim, o que estamos a ver não deixa de ser fantástico, mas falta algo. Não deixamos de nos sentir frustrados porque até sentimos que alguém se enganou e carregou no botão do mute. As cores e explosões parecem mais fracas e deixam de ter o encanto do original.

Com estes três exemplos podemos ver a diferença que o som e a música fazem numa campanha publicitária, há que tentar sempre atingir o perfecionismo quer no televisor quer no anúncio de maneira a apelar ao consumidor.