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A modernização tecnológica muito colaborou para a facilidade de comunicar e da globalização como um todo, porém de que forma essa modernidade tem afetado a arte?

Muito se discute sobre até que ponto a “banalização” de uma obra artística pode depreciar o seu valor enquanto arte e do seu significado perder a sua essência. Será isso uma espécie de preço a ser pago por ser reconhecido? Ou até mesmo seria a globalização atingindo uma proporção que nem mesmo o artista esperava que atingisse?

As inúmera representações da Monalisa de DaVinci, por exemplo, realmente tiram todo o enigma e mistério que ronda o quadro por séculos? Não, mesmo havendo uma produção em massa destas reproduções muitos ainda são cativados por aquele sorriso apático que por muitas vezes nos perguntamos o porquê. Algo tão comum mas que neste caso ainda há a sua essência de certo modo conservada.

O problema está na obra em si?

Há uma certa relatividade nesse processo de julgar a relevância de uma peça artística, por vezes que haja os canons a questão do gosto e significado varia para cada indivíduo, principalmente para o autor, que muitas vezes guarda para si o porquê daquilo e o porquê disto.

Só pelo fato de algo poder ser copiado e reproduzido não significa que este algo se torne menos do que aquilo que alguma vez foi único. Por bem ou por mal ela acaba por ser conhecida e transformada.

A arte em si é algo insólito, algo em constante mudança e adaptação, sobretudo quando a originalidade já é algo extinto na atualidade, tudo se deriva de algo, por mais novo e diferente que algo seja há sempre uma base e uma referência por trás dessa “nova” forma de pensar.

[…] Pode dizer-se, de um modo geral, que a técnica de reprodução liberta o objeto reproduzido do domínio da tradição.[…]

                                                                          (Benjamin 2006:211)