Conforme a tecnologia evolui, também se disponibilizam cada vez mais as possibilidades de produzir obras cinematográficas. Hoje em dia, seja através da câmara do telemóvel, seja através de câmaras revolucionárias com valores monetários exorbitantes, conseguimos produzir desde vídeos a filmes. A criação da câmara ‘Super 8’, que foi desenvolvida no ano de 1960, foi uma catapulta para o grande progresso nesta disponibilidade ao público de criar peças cinematográficas.

Ora, será que isto banaliza a arte? Banalizará isto o cinema e a produção de vídeo? Walter Benjamin acredita que a arte deve ser ”autêntica, original, que nos faz pensar e unifica quem está a observar”. E assim sendo, eu acredito que trazendo a possibilidade de produzir às mãos de um mero amante de arte, aumenta a possibilidade de vermos peças autênticas e originais. A arte é do povo, e vivendo numa era de liberdade de expressão, acho que o cinema deve ter essa abertura para produzir conteúdo e para distribuir mensagens. Com esta progressão de possibilidades para produzir obras, ganha-se as mais diversas visões e as mais variadas mensagens.

Também temos que ter em conta que com a evolução exponencial do cinema, os filmes independentes de hoje nada podem fazer contra os grandes filmes ‘blockbuster‘ que são lançados anualmente, desde os filmes da Marvel (Disney) aos filmes da A24, uma produtora de filmes americana. E isso cria um domínio desigual que é separado por orçamentos e corporações.

Assim sendo, apesar dos seus obstáculos, acredito que esta disponibilidade de criação de conteúdo é uma mais-valia ao mundo da arte, e, em neste caso, ao mundo do cinema.

Bibliografia:

https://www.kodak.com/en/motion/page/super-8-history

https://digartdigmedia.wordpress.com/author/brunamurta/

Ten Years of A24: The Movie Studio Behind All Your Favorites