Hoje em dia temos uma variedade enorme de videojogos e com o desenvolvimento natural da tecnologia há cada vez mais uma semelhança visual entre os jogos e o cinema. É notório a grande influência do storytelling que normalmente ocorre em filmes e que cada vez mais se vê aplicado aos videojogos. Está aqui, portanto, a ocorrer uma mediação entre o videojogo e outros tipos de media.
Um jogo recente e que vai de encontro com estas características: “The Last of Us” é um jogo de ação em que o jogador controla uma personagem mas ao longo do jogo, são lhe apresentadas características visuais e auditivas que fazem lembrar o desenrolar de um filme. Desde da banda sonora, da imagem a 4k, da narrativa e os gráficos. Estes são os maiores influenciadores para uma experiência idêntica ao cinema.
Com esta possibilidade de fazer com que um jogo pudesse ter características de filme, também os criadores da série americana “Black Mirror” aproveitaram esta possibilidade para reverter os papéis e criar um filme chamado “Black Mirror: Bandersnatch” onde é apresentado ao espectador opções e a possibilidade de escolher o destino das personagens e decidir o rumo do filme. Esta técnica já era vista nos videojogos como por exemplo, no videojogo “Until Dawn” onde eram apresentadas escolhas ao jogador que iriam influenciar a narrativa do jogo. Este fator deu a possibilidade de o espectador/jogador poder jogar várias vezes e ter vários desenvolvimentos diferentes. Este método de narrativa opcional vai muito de encontro com a realidade do nosso dia a dia, pois também nós vamos fazendo escolhas que afetam o percurso da nossa vida.
Em ambos os exemplos que mencionei anteriormente, o jogador acaba por ser aquele que controla o rumo do filme, o desenvolvimento da estória, e acaba assim por ter um papel ativo no jogo e passivo no filme.
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