O ser humano tem a necessidade de escrever o que pensa e por isso é inevitável não escrever. A escrita reconhece a nossa própria identidade, uma vez que é um ato individual e singular e é como uma espécie de continuação do próprio ser cá para fora.

Com o passar dos anos, o Homem deixou para trás a escrita à mão e dedicou-se às máquinas de escrever. Estas caracterizam-se pela rapidez e eficácia que se refletiu de imediato nos setores administrativos e de gestão das empresas. Contudo, o instrumento burocrático não apresenta só vantagens.

A máquina de escrever muda a consciência do texto e provoca um distanciamento do sujeito em relação à caligrafia pois o código de escrita foi abstraído no teclado. Ainda se pode salientar, a ideia de escrita de “fora para dentro”, visto que o teclado permite combinar as letras e a partir delas fazer-se combinações entre si. Ao contrário disto, podemos falar de um diário, por exemplo, que é uma extensão dos sentimentos de uma determinada pessoa que ao escrevermos à mão predomina de “dentro para fora” e leva à interioridade ou seja à alma. Então, pode-se afirmar que “a máquina de escrever acabou com a alma”.

Máquina de Escrever

Para mim, escrever à mão terá sempre mais valor que escrever num computador ou até num smartphone. Sempre preferi transmitir os meus pensamentos e as minhas ideias a partir de uma caneta e de um papel. E na minha futura profissão é importante andarmos com um bloco de notas e uma caneta, visto que um bom jornalista tem de captar o máximo de informação e retirar daí o mais importante.

Escrever à mão

Ana Rita Coelho