O pós-guerra foi marcado pelo surgimento de diversos movimentos artísticos, no Japão surge diversos grupos radicais em que propõem desde o abandono da escrita tradicional até outros grupos mais famosos como o Butô, que trabalha a questão do corpo e sua memória, e o Gutai Bijutso Kyotai que trabalha desde a performance teatral e instalações a Action Painting de Pollock.

Os dois últimos grupos representam o desejo multimédia na dança, teatro e pintura. O grupo Gutai influenciados pelas obras do Pollock, usavam a Action Painting para pintar sobre matérias artísticos tradicionais japoneses como o papel de arroz. Já o Butô ao trabalhar a memória e o sofrimento da população japonesa após a guerra, criou uma nova maneira de se fazer dança e teatro no Japão, um espectáculo totalmente diferente das manifestações tradicionais como o teatro Nô e o Kabuki.

Um homem com o corpo fragilizado transmite em cada movimento o sofrimento de milhões, Hijikata Tatsume foi o precursor desse movimento. Em suas apresentações o seu corpo era completamente coberto por maquiagem branca e a performance ocorria ao som de instrumentos tradicionais e vozes a cantar a maneira japonesa e as vezes com um fundo musical europeu clássico, fazia uso de quimonos, trajes de samurais entre outros.

Mais presente nas obras do Hijikata, o teatro Butô trabalhou muito o que a fotografia não conseguiu captar profundamente durante o ataque norte-americano no país, trouxe a memória todo o sofrimento e usou o corpo como um meio tecnológico de armazenamento de dados e depois através da performance expôs para as pessoas.