Ultimamente, que somos bombardeados com questões graves a nível económico, apercebemo-nos de como a arte pode sofrer (e sofre) com isto. Mas não é de agora. Aliás, a relação dos artistas com a sua arte, esteve desde muito cedo dependente de uma forte componente económica.

O mecenato, nasceu há mais tempo do que aquele que imaginamos. No entanto, tornou-se prática comum em pleno Renascimento. Como já falámos em certas aulas, os artistas não tinham grande liberdade artística, pois eram condicionados pelos seus patronos e mecenas.

Passados anos, os músicos, por exemplo, começaram por querer seguir um caminho mais próprio, menos dependente de outros. Começaram os concertos e a divulgação de livros práticos sobre música e instrumentos. Contudo, a inexistência de direitos de autor, fazia com que outras pessoas ganhassem mais dinheiro do que eles, pelo seu trabalho.

O caminho foi longo, e felizmente, a par dos direitos de autor, surgiram novas ideias de divulgação dos trabalhos dos artistas em que qualquer pessoa pode apoiar uma ideia. Tudo, graças à Internet e ao formidável mundo virtual. Refiro-me ao crowd funding. No fundo, todos nós somos mecenas, se assim entendermos, e podemos ajudar ideias, a tornarem-se projectos. Temos o exemplo do Kickstarter.com. Os artistas mostram a sua ideia, convencem-nos e nos podemos contribuir com o valor monetário que entendermos. Em troca, podemos obter uma “recordação” simbólica (ou mais do que simbólica, consoante o valor) do projecto de ajudamos a crescer. No fundo, em tempos de crise, pode sem dúvida, ser um óptimo caminho de ajuda, para diversos artistas e neste caso, a sua arte, não está dependente das ideias de outros.

Deixo o link de um projecto interessante que descobri para poder exemplificar a ideia que quero partilhar:

 

Germana Duarte