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Author Archives: luciasstuff

Wagner na Era Pré Digital

02 Sábado Dez 2017

Posted by luciasstuff in Arte e Multimédia, Richard Wagner

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arqueologia, luz, Música, media, Teatro, wagner

Já em meados do século 19 onde não existiam os midia como conhecemos hoje podíamos encontrar alguns dos conceitos dados em aula sendo postos em prática. Um desses conceitos era o de imersão e era nos apresentado por Richard Wagner durante as suas estreias.

Wilhelm Richard Wagner nasceu em Leipzig no século 19 e foi um maestro, compositor, diretor de teatro e ensaísta mais conhecido pelas suas óperas, com texturas complexas, harmonias ricas e pelo uso de temas associados a certas personagens (leitmotiv), 800px-RichardWagnercaracterísticas notáveis naquela altura. Mas não era apenas na sua música e encenação que ele estava mais á frente da sua época, a maneira como ele pensava sobre o papel do publico nas artes era também inovadora e os seus textos e pensamentos fizeram dele um precursor de vários conceitos da era digital.

No seu libro A Obra de Arte do Futuro de 1849, cujos excertos foram estudados em aula, Wagner diz-nos o que pensa que serão as várias variantes artísticas no futuro assim como serão os artistas dessas mesmas artes.  Sobre a arte fala-nos desta como algo que não se liga à vida pública, mas sim algo que apenas os da elite tem acesso e algo que tem de ser compreendida para tirar prazer da mesma. Quanto ao artista Wagner pensa num artista coletivo pois segundo ele “a obra de arte do futuro é coletiva, e só pode decorrer de um desejo coletivo”. Isto mostra ideia de um publico que está em sintonia com o artista e que deixa de ir ao teatro, por exemplo, apenas para conviver (como ocorria na época de Wagner) mas sim para absorver a obra de arte, o que nos leva a outro aspeto que faz do nome de Wagner um nome tão conhecido, a sua visão do teatro e da função das luzes num espetáculo.

Wagner tinha uma ideia sobre o que seria um teatro ideal, que mais tarde seria transformado no seu teatro, o Bayreuth, e trabalhou bastante com as luzes para criar uma imersão do publico nas suas obras. Este trabalho com as luzes é o que o torna num precursor do conceito de imersão que encontramos em algumas artes digitais. Wagner 1200px-Wagner-Festspielhaus_Bayreuth1995decidiu retirar as luzes do púlico e direcioná-las para o palco de modo a captar a atenção do público para o que se passava no palco, criando um aspeto de imersão na peça que estava a ser apresentada em palco. Podemos encontrar esta alteração nos dias de hoje, em teatros pós- wagnerianos e em salas de cinema, sendo algo normal para nós. 6a00d8341c630a53ef01538f507b89970b Isto mostra que mesmo não tendo os meios que temos nos dias de hoje certos aristas já trabalhavam conceitos que para nós são óbvios, sendo então precursores das artes digitais e dos seus conceitos.

 

 

 

Lúcia Ramos

Mangá e a Era Digital

19 Domingo Nov 2017

Posted by luciasstuff in Arte e Multimédia

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anime, arte e multimédia, manga, remediação

Em todas as entradas que efetuei neste blog tenho tentado pegar em assuntos que eu gosto ou que me chamam a atenção e coloca-las em contexto de aula e desta vez encontrei-me a pensar em algo que me seja familiar, que goste e que se enquadre dentro do conceito de remediação. Esta linha de pensamento levou-me a duas vertentes bastante famosas da cultura japonesa e que recentemente se tornaram mais conhecidas mundialmente, o anime e o mangá.

Manga é a palavra usada para designar banda desenhada feita no estilo japonês, e designa quaisquer bandas desenhadas publicadas no Japão. É uma parte importante da industria editorial japonesa e é lida por todas as fachas etárias e são tipicamente impressas em preto e branco. Anime é animação que é produzida por estúdios do Japão onde são criados sucessos internacionais com dobragens e exibições televisivas, como é o exemplo da série televisiva Pokémon. viktorUm aspeto importante que se tem de ter em mente é que não é necessário existir um mangá para existir um anime (ex. Yuri on Ice) nem é necessário existir um anime para um mangá ser famoso (ex. Dengeki Daisy).

Agora a questão é onde a remediação se enquadra nestas duas variantes. Em muitos dos casos os animes derivam de mangás (ex. Sailor Moon) em outros casos mangás derivam de animes (ex. Code Geass), sendo o primeiro o mais comum. SailormoonÉ neste processo que se enquadra o conceito de remediação pois existe alterações dos meios de apresentação e de criação. Enquanto que nos mangas a origem é criada em papel e apenas mais tarde é passada para digital para facilitar a distribuição, que também é na maioria das vezes feita em papel (em revistas ou volumes encadernados), no caso dos animes tanto a criação como a distribuição é feita em meios digitais como a televisão e a internet. Mesmo existindo este processo ambos coexistem lado a lado com a mesma procura e sucesso, não existindo uma sobreposição dos meios mais atuais.

 

Na maioria dos casos estas duas partes trabalham com uma grande fidelidade uma á outra, ou seja, não há grandes alterações de história ou de ações o que torna ainda mais interessante este processo, como se tratasse de uma cópia em movimento do que se lê em livro. Um exemplo disto são os animes Blue Exorcist e Death Note que têm como origem mangás e que mantêm não só os mesmos traços das personagens como também os diálogos e os acontecimentos. blue exorcist Outro exemplo é o mangá/anime One Piece no qual os capítulos de mangá saem em simultâneo com os episódios de anime possibilitando o acompanhamento lado a lado para quem gosta de ler ou de ver. Existem também animes e mangás que têm a mesma base e que são lançados simultaneamente, mas cuja narrativa tomam rumos por vezes completamente diferentes, como é o caso do anime/mangá Revolutionary Girl Utena. Isto mostra-nos também a diversidade existente nestes meios e nestas categorias onde existe um pouco de tudo para todos os gostos.

 

One Piece (anime/mangá)
One Piece (anime/mangá)
Death Note (anime/mangá)
Death Note (anime/mangá)

Podemos observar então que estes conceitos de remediação, hipermediação, etc. se encontram em todos os aspetos das nossas vidas, como no que observamos, nos nossos gostos e no que estamos sujeitos a receber como pessoas recetivas numa sociedade em que tudo nos é dado, mesmo não tendo pedido em alguns casos, o que nos mostra que na realidade vivemos num mundo cada vez mais entregue aos midia e ás suas vertentes.

Lúcia Ramos

“Musical World Map”

29 Domingo Out 2017

Posted by luciasstuff in Arte e Multimédia

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Com a tecnologia que nos é disponibilizada nos dias de hoje somos capazes de criar e manipular sons criando varias versões dos mesmos. A isto Manovich chama de principio de variabilidade, ou seja, na possibilidade de diversas versões do mesmo objeto digital, usando os processos da representação numérica e da modularidade estrutural.
Neste caso que vos apresento trata-se da manipulação de sons para criar um desenho do mapa do mundo como o conhecemos, criando uma obra tanto sonora como visual chamada “Musical World Map” (Mapa Mundial Musical) criada por John Keats e lançada no seu canal do Youtube a 25 de fevereiro de 2017. Esta obra é criada digitalmente numa estação de trabalho de áudio, usando sons sintetizados e batidas já criadas num programa que permite a manipulação dos mesmos, como se fosse uma tela com as cores e os pinceis, preparados para a criação de uma obra. Esse programa trabalha então como uma base de dados que organiza e armazena novos ou já existentes sons, separando-os em categorias facilitando a sua procura e utilização.
Utilizando o programa acima referido e o som do piano John Keats dá som a um mapa que nos é familiar e que é considerado a representação mais correta do nosso planeta, mesmo esta não sendo uma melodia muito coerente e com uma narrativa especifica. Após este trabalho o mesmo criou também focos em cada um dos continentes usando a mesma técnica num conjunto de obras bastante interessante e que já contam com quase 6 milhões de visualizações, tornando esta plataforma de partilha de vídeos quase também numa galeria de arte, devido á enorme quantidade de artistas que preferem partilhar as suas obras nesta. Isto mostra-nos que a arte está a deixar de ser apresentada apenas em museus ou amostras de arte e a ganhar um caracter mais digital tanto de criação como de partilha.

Lúcia Ramos

 

Arte Digital e a Música

14 Sábado Out 2017

Posted by luciasstuff in Arte Digital, Arte e Multimédia

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Arte, Música, pintura, videoclip

Numa época onde quase toda a música online é acompanhada por imagens, em sites como o Youtube, conseguimos encontrar vários estilos. Entre os mais simples e banais até aos mais complexos e com enormes produções, com uma história e linha narrativa ou que apenas querem transmitir o que a música nos quer “dizer” encontramos trabalhos artísticos que valem a pena ver e rever como é o caso do vídeo clip escolhido pelo grupo de artistas sul-coreano HYUKOH  (혁오) para ilustrar a sua música intitulada TOMBOY (톰보이 뮤직비디오).

Neste vídeo clip podemos encontrar um bom exemplo de integração dos vários meios artísticos, como a pintura e a música, com os meios digitais, que em conjunto criam uma obra artística digital. Composta por um conjunto de ilustrações animadas do artista da mesma nacionalidade Park Gwang-Soo, que possui um estilo próprio mostrado neste vídeo usando pinceladas pretas num fundo branco para contar uma história animada, que no caso deste videoclip é paralela à história contada também na música, sobre as dificuldades e dores da adolescência representadas no videoclip pelas pessoas em chamas.

검은_숲속과_좀_더_흐린_숲속_각100x70cm_종이에_아크릴_2014

Outra obra de Park Gwang-Soo identica ás usadas no videoclip

Um bom exemplo de como várias artes se podem juntar para criar apenas um significado e para transmitir apenas uma mensagem tornando-se também uma obra digital, sendo criada e mostrada por meios digitais mostrando-nos que estes tipos de interações podem ter um resultado fantástico e bastante diferente do que estamos acostumados a receber. E por isso convido-vos a, assim como eu, ver e quem sabe rever este excelente exemplo de arte digital na música.

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